quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mombaça. O empresário Francieudo Dias Gomes, proprietário de uma metalúrgica, começou uma greve de fome, ontem pela manhã, em frente à Prefeitura desta cidade. O objetivo é chamar a atenção das autoridades locais para o atraso no pagamento de R$ 23 mil de serviços prestados ao município. Gomes disse que pretende manter o protesto até que ocorra a liquidação do débito ou que seja firmado um compromisso sério com um calendário de pagamento.De acordo com Gomes, há nove meses que ele tenta receber R$ 13 mil de serviços de metalurgia, de instalação, de placa luminosa e cobertura da Farmácia Popular e, há quatro meses, R$ 10 mil referentes à confecção de portas de ferro para o complexo do Hospital Municipal Antonina Castelo. “Chegou uma situação que não posso mais suportar”, disse. “Por causa da dívida perdi o meu prédio onde estava a oficina e estou devendo mão-de-obra”, afirma. O metalúrgico descartou aspecto político no protesto. “Sei que estamos num período de eleição, mas minha decisão é pessoal, sem interferência de ninguém”, frisou. “Se fizerem um acordo comigo, sério, suspendo a greve porque preciso e quero trabalhar”.O ato chamou a atenção dos moradores. Ontem, cerca de 200 pessoas permaneceram na praça, acompanhando o acontecimento. Gomes armou uma rede entre as arcadas da Praça da Matriz, e passou o dia deitado sem se alimentar.O assessor da Prefeitura de Mombaça, Alexandre Vieira, contestou os valores apresentados por Francieudo Gomes. “A Prefeitura deve cerca de R$ 9 mil referentes aos portões do Hospital e quando ele apresentar documentação correta vamos pagar. Esse protesto tem conotação política e nós desafiamos que ele mostre documentação com os valores que ele alega”, disse.

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